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Património Natural

O rio Guadiana entra a norte no Parque Natural, onde corre sobre quartzitos, rochas muito duras e resistentes à erosão fluvial, responsáveis pela queda de água do “Pulo do Lobo” e pela “corredora”, um vale encaixado que se estende para sul ao longo de 4 km.

Nas zonas mais inacessíveis incluídas no Parque Natural, ainda sobrevive o matagal mediterrânico onde marcam presença a aroeira (Pistacia lentiscus), o zambujeiro (Olea europaea var. sylvestris) e o zimbro (Juniperus phoenicea sp. turbinata) e várias plantas aromáticas e medicinais que sustentam a produção de mel.

O montado de azinho é o coberto arbóreo predominante e suporta uma das principais atividades económicas da região: a pastorícia.

O rio Guadiana, artéria vital estruturante de toda a região, é um importantíssimo biótopo das mais variadas espécies piscícolas desde os peixes migradores, como a lampreia (Petromyzon marinus), o sável (Alosa alosa) e a savelha (Alosa fallax),  aos peixes que aqui se refugiam como a enguia (Angulla angulla).

O rio é igualmente crucial para os passeriformes migradores que utilizam o vale como elemento físico na sua rota e o cordão de vegetação como refúgio. É também nas escarpas do rio que a tímida cegonha-preta (Ciconia nigra) nidifica.

De destacar o lince-ibérico (Lynx pardinus), que juntamente com a águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) e o saramugo (Anaecypris hispanica) totalizam as três espécies da fauna Criticamente em Risco de Extinção que habitam no Parque Natural do Vale do Guadiana.

Na vila de Mértola reside o último núcleo urbano de francelho-das-torres (Falco naumanni), mais facilmente observável do castelo, e, do mesmo modo, as lontras (Lutra lutra), nas margens das suas muralhas, ou nas azenhas próximas. Em abrigos formados nos moinhos e túneis antigos, albergam-se diversas espécies de morcegos, algumas com um elevado estatuto de ameaça, como o morcego-de-ferradura-mourisco (Rhinolophus mehelyi) ou o morcego-rato-grande (Myotis myotis).

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