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Biologia

TAXONOMIA

O género Lynx pertence à família Felidae, e inclui quatro espécies a nível mundial: L. rufus e L. canadensis, que ocorrem no Continente americano, e L. lynx e L. pardinus, presentes na região eurasiática.

A espécie terá surgido há cerca de um milhão e meio de anos, como resultado do isolamento da Península Ibérica durante as glaciações que provocou a separação destas populações das congéneres euroasiáticas (Lynx lynx).

© Programa Ex situ
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IDENTIFICAÇÃO E MORFOLOGIA

 

 

A pelagem
O lince-ibérico é um carnívoro de médio porte, de aspeto elegante e hábitos discretos, identificável pela sua pelagem castanho-amarelado salpicada de pintas e manchas negras, que lhe permitem uma excelente camuflagem por entre a vegetação da paisagem Mediterrânica.

O padrão da pelagem é variável (na forma e no tamanho das malhas), possibilitando a diferenciação individual, como a população de origem. Os linces de Doñana possuem, tendencialmente, manchas de grande dimensão e com maior contraste, enquanto que os linces da Serra Morena possuem manchas menores. Por sua vez, os linces do Vale do Guadiana refletem, em virtude da mistura genética, vários tipos de pelagem.

A cabeça
A cabeça apresenta também marcas bastante distintivas da espécie. A “barba” característica em redor da face, que vai crescendo ao longo dos anos, e as orelhas triangulares com tufos verticais de pelo negro, em forma de pincéis, nas extremidades.

A espécie apresenta olhos frontais marcantes, que permitem precisão na medição de distâncias, própria de caçadores de curtas distâncias; grandes globos oculares que lhes permitem ver em condições de baixa luminosidade; orelhas peludas e triangulares, que protegem os ouvidos capazes de detetar o discreto caminhar das suas presas.

Os membros
Os membros são relativamente longos e robustos, e apresentam quatro garras retrácteis em cada pata, com as quais estes animais conseguem perseguir e capturar as suas presas, com relativa facilidade.

Os membros posteriores, mais longos, permitem-lhe impulsionar o corpo a vários metros de altura. Os membros anteriores, mais curtos e fortes, permitem-lhe agarra a sua presa.

A dentição 
A dentição, é de um carnívoro estrito, com caninos capazes de matar eficientemente, e rasgar a carne para alimentação, molares usados para separar e triturar grandes bocados de carne e incisivos pequenos.

O peso e altura
Os aspetos mais característicos destacam-se sobretudo nos indivíduos adultos, que podem medir entre 85 a 100 cm de comprimento, 40 a 50 cm de altura e pesar entre 9 a 15 Kg.

© Programa Ex situ
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Ciclo de Vida

Época de Reprodução

Dezembro a Julho

com um pico entre dezembro e fevereiro

Época de Nascimento

Março a Abril

Primeira Reprodução

Femea
1 - 3 ANOS
Macho
2 - 3 ANOS

2 meses

Gestão

2 a 5 crias

por Ninhada

7 a 10 meses

Independencia

19 Anos

Longevidade em cativeiro

REPRODUÇÃO

O cio das fêmeas determina a época de acasalamentos, entre final de dezembro e fevereiro. É durante esta época que se ouvem os “miados” de chamamento.

De seguida as fêmeas procuram um refúgio, que pode ser uma cavidade numa árvore ou numa rocha.

O período de gestação dura entre 63 a 74 dias. As fêmeas poderão dar à luz duas ou mais crias, das quais cuidarão durante os oito ou nove meses seguintes, até que estas aprendam a caçar e sejam independentes.

No verão e outono a progenitora ensina a caçar, a marcar o território, a relacionar-se com outros linces e a identificar os perigos.

A partir dos oito meses, os jovens, em geral, começam a afastar-se do território onde nasceram, iniciando um período de dispersão, até encontrarem o seu próprio território. Algumas fêmeas permanecem no território das progenitoras até ao ano seguinte.

A partir dos dois anos as fêmeas podem começar a reproduzir-se, embora tal só aconteça depois destas se estabelecerem no seu próprio território.

O macho, em geral, deixa a fêmea após o acasalamento, podendo, porém, vir a aproximar-se das crias até à altura em que se tornam independentes.

© Programa Ex situ
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